sexta-feira, 18 de dezembro de 2009


Mensagem de Amor



Lucas Santana


Composição: Herbert Vianna
 
Os Livros na estante já não tem mais tanta importância


Do muito que li, do pouco que eu sei, nada me resta

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado,

Só pra ler, no seu rosto

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor



A noite eu me deito, então escuto a mensagem no ar

Vagando entre os astros, nada me move nem me faz parar

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado,

Só pra ler no seu rosto

Uma mensagem de Amor



Os Livros na estante já não tem mais tanta importância

Do muito que li, do pouco que eu sei, nada me resta

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar, ao seu lado,

Só pra ler, no seu rosto

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor



A noite eu me deito, então escuto a mensagem do ar

Vagando entre os astros, nada me move nem me faz parar

A não ser, a vontade de te encontrar

O motivo eu já nem sei, nem que seja só para estar ao seu lado,

Só pra ler no seu rosto

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor

Uma mensagem de Amor


http://letras.terra.com.br/lucas-santana/47066/

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sous la Lumière de la Lune !


A Lua!
Está tão bela e brilhante nesta noite!
Eu daqui, penso em você a cada instante,
incessantemente!!
Ilumina o meu céu, majestosa!
Como não se maravilhar com ela!
Expectadora de tantos amores e ardores!
Ajude-me a escolher e esquecer!!
Sob a luz da lua observo a claridade entrar
pela janela a dentro!
Ajude-me a esquecer..

Léia A. M. Pierucci


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Le Jardin Secret!!



Ela tem um jardim secreto
onde fica observando as
flores desabrochando!

Ela tem um jardim secreto
onde fica te observando
tentando desvendar seus segredos
seus sentimentos íntimos!

Ela tem um jardim secreto
e te olhando procura em vão
saber se a amou
mesmo que por um momento!

Ela tem um jardim secreto
e te observa passear pelo jardim
e pergunta: você encontrou
alguma flor preciosa para você!

Ela tem um jardim secreto
e procura um lugar para formar
seu casulo e após três dias se
trasformar em uma graciosa borboleta!

Ela tem um jardim secreto
e nele voa feliz por ter se libertado
Mas depois, sentiu saudades
queria voltar para as pétalas
da sua flor preferida dos tempos
de lagarta!

Ela tem um jardim secreto
com lírios-do-campo que tutibiam
ao vento a exalar seu adocicado néctar!
Que nostalgia!!

Ah, como é bom, sentir o toque
de sua pétalas em contato com seu corpo
escorregando ao mesmo tempo em que
os lírios exalam seu perfume , doce, sensível
e tão familiar do seu jardim secreto!!


Léia A. M. Pierucci





terça-feira, 6 de outubro de 2009

As éticas dos amigos e as invenções libertárias da vida!!

Se associarmos a ética a uma conduta irrepreensível e louvável de um ser humano para com o outro! Dentro deste pensamento podemos afirmar que a amizade seja o verdadeiro relacionamento ético.
Uma vez que, na amizade as pessoas são sinceras, honestas, verdadeiras, leais e por isso, aproximam-se mais do ideal e da ética. Para Passetti, "ética e amizade sinalizam possibilidade de perfeição na vida diária". Através da amizade podemos ampliar as relações em nome de uma certa universalidade, uma vez que ela é parte constitutiva das relações de cada pessoa e uma utopia para a humanidade com um todo.
 Ela permite proximidades muito especiais entre as pessoas, que ultrapassam a esfera de parentesco, e difere do amor pelo erotismo e longevidade.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Amigos!!



Amigos

Se eles são coisas pra se guardar

Não sei, acho que podem ser

Para se curtir, vivenciar!

São pessoas queridas, que compartilham

Momentos de dor, angustia, mas também

De fé, de amor e de esperança!

Realmente se importam conosco e querem

Nos ver bem, felizes e compartilham

Desses momentos com satisfação!

Deixam nossas vidas mais leves!

Nossos problemas menores!

E nossas esperanças renovadas!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Entre o Real e o Abstrato!! e outras abstrações..srsr


Entre o Real e o Abstrato
Fico perdido no espaço
e no tempo do isolamento!

Amizades verdades não tenho
Quero me abrir porem não consigo
Será que sei ser amigo?

Entre o Real e o Abstrato
Fico perdido no espaço
e no tempo do isolamento!

Amores verdadeiros são sinceros
Mas não sei se os quero
segredos singelos!

Entre o Real e o Abstrato
Sigo vagando no espaço
sozinho, porém realizado?

Sou uma eterna aprendiz
Como pretensa colega posso dizer
siga seu caminho e seja feliz!!


Léia A. M. Pierucci

[Jairo, amigo poeta do Overmundo ... esse foi escrito depois que recebi sua mensagem de incentivo!! Parei e pensei: porque esperar até sábado..valeu!! rsrsr]

http://www.overmundo.com.br/banco/entre-o-real-e-o-abstrato


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Palavras isoladas!




Mas não sei por que insisto?

Porque não desisto

Queria libertar-me de mim!

Sentir que sou dona dos meus desejos,

Dos meus anseios


Porque me perturbas tanto?

És inalcançável, e misteriosamente

Enigmático para mim

Quero desvendar seus segredos!


Mas você foge de mim

Então porque não desisto?

Quero arrancar-me dessas águas,

Mas elas se amontoam sobre mim.


Pode haver algo mais precioso,

que momentos de intensa paixão

As delícias dos momentos

Que não voltam


Estarei amarrada por palavras isoladas!

Vejo que você se afasta se esvai

Fora do meu alcance

Só me sobrou desse amor,

a falta que ficou..



Léia A. M. Pierucci

http://www.overmundo.com.br/banco/palavras-isoladas

sábado, 5 de setembro de 2009

Madrugada...



É madrugada, fico pensando
o que seria de mim se eu fizesse tudo o que desejo
estaria perdida num emaranhado de delícias ou chorando

É madrugada, fico pensando
estarei pronta para te encontrar novamente
acho que não saberei o que dizer, não tenho nada em mente

É madruga, fico pensando
as tolices que cometi demonstram que me iludi
mas o que fazer se ainda penso em tí

É madrugada, fico pensando
porque não deito e durmo sem fazer planos
estou me esquivando, não seremos mais amigos como pensamos

É madrugada, fico pensando
o que fazer para fechar as feridas abertas da imaturidade
silenciar o que tivemos pode demonstrar futilidade

É madruga, fico pensando
a tristesa se abateu sobre mim
não sei se quero fugir ou me esconder, mas desejaria que isso tivesse fim

Léia A. M. Pierucci

http://www.overmundo.com.br/banco/madrugada-8

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sonho Bom..

Sonho Bom..

O que torna uma coisa especial
É a possibilidade de que ela aconteça
Ah, acordar de um sonho!

Amor sem receios
Se entregar sem reservas
Ser sua por inteiro

Calor, volúpias e delícias
Depois do amor
Ah, acordar de um sonho!

Léia A. M. Pierucci



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Sonho da Razão Produz Monstros (Os Caprichos, 1796)

"O Sonho da razão produz monstros"!!

Essa frase do Goya, sempre me ajudou a entender e a analisar como o conhecimento científico ou acadêmico acaba, de certa forma, contribuindo para alavancar essa forma de pensamento, principalmente no campo da saúde.

Mas ultimamente eu tenho pensado, que estamos vislumbrando um certo excesso de academicismo. Pois, tenho percebido uma influencia desse processo pós-moderno, inclusive no relacionamento humano. A impressão que eu tenho é de que, quanto mais contato com a ciência, mas racional a pessoa vai se tornando.. não estou dizendo que ser racional é algo ruim, questiono o excesso, e principalmente a sua excessiva aplicação nas relações humanas, que acabam por se torna demasiadamente individualizadas, a tal ponto que, o sentimento do outro, as vivencias, as emoções, são negligenciadas por serem consideradas inferiores.. patéticas até. Onde vamos parar? Se o interessante nos relacionamentos humanos é a diversidade! A possibilidade de conhecer outra pessoa, de se comunicar com ela, de conhecê-la, de descobri-la, de admirá-la na sua diferença! Não sou favorável a excesso de sentimentalismo, mas tenho percebido um excesso de racionalismo.. e falo que isso ocorre em todos os níveis de relacionamentos! Se, temos a tendência de julgar os outros, temos que tentar ao menos nos colocar no lugar do outro, tentar entender seus sentimentos, suas vivências, compreender sua forma de pensar, de viver.....
As pessoas se aproximam das outras tentando aproveitar o máximo que pode delas, sem envolvimentos mais aprofundados, sem envolver-se emocionalmente, será que isso é possível? A impressão que eu tenho, é de que se tem uma falsa sensação de liberdade, sou livre e por isso as pessoas podem passar pela minha vida sem me causar grandes impactos, isso seria uma condição de sobrevivência individual da pós-modernidade?! Dentro dessa perpectiva as pessoas vêm e vão, uma da vida da outra, sem de fato serem percebidas, conhecidas, valorizadas ou amadas... acho lamentável, as pessoas acabam se privando de amar, de se frustrar, com medo de ser rejeitado (a), de viver mais intensamente as emoções!
Não acho que as pessoas possam nos preencher, acredito sim que somos humanos, e por isso, necessitamos do convívio, de carinho, de nos sentirmos amados, queridos, valorizados! Quero não acreditar que as pessoas tenham se tornado tão racionais a ponto de deixarem de se envolver emocionalmente como outras por medo de descobrir que de fato precisam das outras pessoas... o que nos faz humanos, não seria justamente a nossa convivência com outros seres humanos, e em sociedade? Fica aí essa observação, quero pensar mais sobre isso...
Afinal, existem pessoas que só mostram uma pequena parte daquilo que são....

terça-feira, 21 de julho de 2009

Προμηθεύς - Prometeu!!! O homem modelo...

"Os benefícios que fiz aos mortais atraíram-me este rigor. Apoderei-me do fogo, em sua fonte primitiva: ocultei-o num cabo de uma bengala, e ele tornou-se para o homem a fonte de todas as artes e um recurso fecundo." - Ésquilo - Prometheus Desmontes, cerca de 463 a.C.

Na mitologia Prometeu e seu irmão Epimeteu tinham a tarefa de criar os homens e os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la depois de pronta, assim Epimeteu atribuiu a cada animal seus dons variados, de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras a outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, que deveria ser superior a todos os animais, Epimeteu gastara todos os recursos, assim, recorre a seu irmão Prometeu que roubou o fogo que assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto acorrentá-lo ao cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) ia dilacerar o seu fígado que, por ser Prometeu imortal, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.
Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.

Goethe, descreve em seu poema (item abaixo), um homem extraordinário, que se nega a venerar deuses ou estar sob submissão de alguém. A partir de então Prometeu ficou conhecido como uma importante figura no Romantismo. Pela negação à submissão divina, e por criar um personagem pronto para viver em liberdade sem nenhuma repressão, Goethe criou uma figura compatível com a ideologia de Karl Marx, que passou a considerar Prometeu como seu herói favorito. Além dos românticos, Prometeu também era um homem modelo de Marx...


Estou lendo Ésquilo, e recomendo a todos os meus queridos leitores...

Leia e faça como eu, apaixone-se por Prometeu....




Προμηθεύς - Prometeu!!!

O poeta romântico alemão Goethe escreveu um pequeno poema de 8 estrofes sobre a lenda de Prometeu intitulado de Prometheus (1774):

"Encobre o teu céu, Zeus,
Com vapores de nuvens,
E, qual menino que decepa
A flor dos cardos,
Exercita-se em carvalhos e cristas de montes;
Mas a minha Terra
Hás-de me deixar,
E a minha cabana, que não construíste
E o meu lar,
cujo braseiro
Me invejas.
Nada mais pobre conheço
Sob o sol do que vòs, o Deuses!
pobremente nutris
De tributos de sacrifícios
E hálitos de preces
A vossa majestade,
E morrerías de fome, se não fossem
Crianças e mendigos
Loucos cheios de esperança.
Quando menino não sabia
Para onde havia de virar-me,
Voltava os olhos desgarrados
Para o Sol, como se lá houvesse
Ouvido para o meu queixume,
Coração como o meu
Que se compadecesse de minha angústia.
Quem me ajudou
Contra a insolência dos Titãs?
Quem me livrou da morte
Da escravidão?
Pois não foste tu que tudo acabaste,
Meu coração em fogo sagrado?
E jovem e bom, enganado
Ardias ao Deus que lá no céu dormia
Tuas graças de salvação?
Eu venerar você? E por quê?
Suavizaste tu jamais as dores
do oprimido?
Enxugaste jamais as lágrimas
do angustiado?
Pois não me forjaram Homem
O tempo todo-poderoso
E o Destino eterno,
Meus senhores e teus?
Pensavas tu talvez
que eu havia de odiar a vida
E fugir para os desertos,
Lá porque nem todos
Os sonhos em flor frutificaram?
Pois aqui estou! Formosos homens
À minha imagem,
Uma estirpe que a mim se assemelhe
Para sofrer, para chorar,
Para gozar e se alegrar,
E para não te respeitar,
Como eu!"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hoje é o Dia Mundial do Rock!!!

Nasceu como uma atitude e continuará assim...

"Foi no dia 13 de julho de 1985 que músicos e cantores celebraram pela primeira vez o Dia Mundial do Rock. A ocasião foi o concerto Live AID, organizado pelo ativista e cantor Bob Geldof, que arrecadava fundos para a luta contra a fome na Etiópia e reuniu nomes como Paul McCartney, Queen, David Bowie e Led Zeppelin. A escolha da data não poderia ser mais propícia: o Live AID foi mais uma prova de que, mais do que um gênero musical, o rock n’ roll é uma atitude, um comportamento, onde a contracultura é apenas o estopim de uma geração inconformada com o status quo (situação atual).
O termo ‘rock n’ roll’ foi pela primeira vez utilizado em 1951 pelo disc-jóquei Alan Freed, ao se referir ao comportamento dos jovens brancos americanos que passaram a ouvir rhythm & blues, na época considerada música pagã por seus pais por ser criada e executada por negros. Foi apenas em 1954, que um rapaz branco, topetudo e sorridente juntou blues e boogie-woogie e grava "That`s All Right Mama", caracterizando assim o rock n` roll. Seu nome: Elvis Presley, um dos precursores do gênero". (http://msn.onne.com.br/cultura/materia/9510/rock-n-roll)



Ofereço então aos amigos... roqueiros de plantão:

Bruce Dickinson - Tears Of The Dragon

www.youtube.com/watch?v=689OuBJEzGA


http://www.youtube.com/watch?v=shfZzTJYZWs

domingo, 12 de julho de 2009

Notas sobre a insustentável leveza do ser...

Caríssimos, um dia desses, estava conversando com um amigo, e entre um cafézinho e muito papo, desbafos mútuos e conselhos! Que foram do pessoal ao papo-cabeça! srsr ... redescobri algo muito interessante, e quero compartilhar com vocês essa descoberta! Nós temos uma incontrolável sede de viver!!!!!!! E nessa ânsia pela vida, podemos nos magoar e magoar.... então como fazer? Deixar de viver determinadas situações ou vivê-las e depois lamentar...
Acredito que seja melhor viver, mesmo que depois tenha que me lamentar.... pode até ser uma forma meio suicida de viver... é algo a se pensar...
Como exemplo, destaco o filme Clássico, dos clássicos: "A Insustentável Leveza do Ser" (em checo Nesnesitelná lehkost bytí) é um livro publicado em 1984 por Milan Kundera. O romance se passa na cidade de Praga em 1968. Foi adaptado para o cinema pelo diretor Philip Kaufman sob o nome de The Unbearable Lightness of Being.
"Bom, o gênero romance é apenas a âncora para Kundera por em questão a filosofia pré-socrática de Parmênedes que dissertava sobre a relação peso/leveza. Segundo o filósofo, a problemática estava na dualidade do Ser, onde afirmava que esta dualidade surge da presença e da ausência de entidades. Por exemplo, o frio é apenas a ausência de calor, as trevas são a ausência de luz, então, embora estejamos acostumados com o novo pensamento lógico da vida, para este filósofo a relação leveza/peso afirma o peso como ausência, não como não-leveza.
A partir desta teoria (530 a.C – 460 a.C), Kundera constrói Tomas, um personagem que se recusa a carregar o peso da vida, vivendo sem nenhum compromisso com quaisquer problemas sejam de ordem política, nas relações amorosas, enfim, o personagem escolhe ser "leve", ou seja, livre. Mas Kundera nos leva aos poucos à meditação Nietzscheana, quando pondera sobre o Eterno Retorno, teoria que prevê o angustiante vazio para quem assume levar uma vida linear, longe de buscas e aventuras.
Segundo Nietzsche a vida é um eterno retorno, porque precisamos, temos a obrigação de errar e voltar a errar quantas vezes for necessário desde que não cometamos o primário erro humano de levarmos uma vida dentro de um ciclo de mesmices. Esta teoria de Nietzsche nos convence, em suma, a levarmos uma vida de liberdade, uma vida que valha a pena ser vivida.
Trata Kundera, ainda, da questão da Compaixão, sob o aspecto filosófico das línguas germânicas e latinas, Kundera discute a partir dos significados. Através da história, vemos que Compaixão nada mais é que um terrível sentimento de superioridade de um indivíduo sobre o outro que sofre. E na incapacidade egoísta deste indivíduo superior de sentir a dor do outro, faz com que o outro sofra duas vezes sua dor. Kundera utiliza-se desta metáfora para construir a relação de Tomas com Teresa, porque Teresa é uma moça simples, do Interior, enquanto Tomas é um rapaz rico, médico renomado e muito bonito. Mas ainda existe Sabina, mulher com quem Tomas mantém uma realação amorosa de liberdade longe dos padrões pré-estabelecidos. Esta mulher é como se fosse a versão feminina do personagem.
É um livro gostoso de ler, vocês terão a companhia do próprio Kundera que se retira da narrativa muitas vezes para passar para o leitor em que terreno filosófico ele está pisando, na forma de rodapés, no decorrer da história. Fantástico. Obrigatório, porque considero uma pena não termos acesso a Parmênedes, Nietzsche e Sartre. Mas não há mais desculpas, é só ler
A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera e através de uma história de romance que se passa em Praga, em plena invasão russa e tenho certeza que este é um tipo de livro que muda nossa vida, desses que, como disse no início lêem-se mais de uma vez. É o que pretendo fazer esta semana. Reler A Insustentável Leveza do Ser".
Pesquisando um pouco sobre o tema, duas coisas posso destacar a vocês de imediato! Vale a pena ler o livro, quem preferir assistir ao filme, também recomendo, mas aviso que o livro tem uma poética e uma filosofia que talvez o filme não capture.... fica a dica aos amigos...
"...Enquanto as pessoas são novas e as partituras musicais das suas vidas ainda só vão nos primeiros compassos, podem compô-las em conjunto e até trocarem temas (como Tomas e Sabina trocaram o tema do chapeu de coco). Porém, quando se conhecem numa idade mais madura, as suas partituras musicais já estão mais ou menos acabadas e cada palavra, cada objecto, tem um significado diferente na partitura de cada uma..."

"O peso da vida, para Kundera, está em toda forma de opressão. O romance mostra-nos como, na vida, tudo aquilo que escolhemos e apreciamos pela leveza acaba bem cedo se revelando de um peso insustentável. Apenas, talvez, a vivacidade e a mobilidade da inteligência escapam à condenação -- as qualidades de que se compõe o romance e que pertencem a um universo que não é mais aquele do viver" (Italo Calvino )

SPINELLI, Miguel. Filósofos Pré-Socráticos. Primeiros Mestres da Filosofia e da Ciência Grega. 2ª edição. Porto Alegre: Edipucrs, 2003.
Sites consultadoa:

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"As marcas e cicatrizes ficam para nos lembrar:


- da vida,

- do que fomos,

- do que fizemos,

- do que devemos evitar"

A Química da Paixão....


Caros leitores, estava assistindo a uma reportagem essa semana na tv aberta, e logo depois acabei lendo um artigo, vou por o título para quem tiver interesse em lê-lo: artigo "A Paixão sem Mistérios? A Anatomia, a Química e a Biologia do Amor"...


A pesquisadora (Dra. Hazan) identificou algumas substâncias responsáveis pelo Amor: dopamina, feniletilamina e ocitocina.


Estes produtos químicos são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a "loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor - companheirismo, afeto e tolerância -, e permanece junto.


Mas fica a questão...até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química ?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

LETTRES À LA VOLONTÉ....


Queridos, amigos e amigas!! Ou ilustres desconhecidos, porque não...
Estou amando os comentário....
Agradeço pelo incentivo!!
abraços

Abaixo indico um ótimo blog com poesias:

domingo, 7 de junho de 2009

Un peu de moi...

Um pouco de mim...
"Esta alma, ou vida dentro de nós, sem opção concorda com a vida exterior. Se alguém tiver a coragem de perguntá-la o que pensa, ela está sempre dizendo exatamente o oposto do que as outras pessoas dizem" (V.Wollf).
Fico a pensar sobre o que dizer, afinal, não sou boa em autobiografia....hehe, mas "enfin, c'est la vie" !! Mas vou fazer um esforço literário... (em homenagem a minha profa. Águeda B. B. que me apresentou a Virginia...)
"Encarar a vida pela frente... Sempre... Encarar a vida pela frente, e vê-la como ela é... Por fim, entendê-la e amá-la pelo que ela é... E depois deixá-la seguir... Sempre os anos entre nós, sempre os anos... Sempre o amor... Sempre a razão... Sempre o tempo... Sempre... As horas" (V.W.)
Posso nessa tentativa, começar falando sobre o que não gosto em mim... ou melhor, daquilo que talvez minha alma reclame! Não sei se tenho autoridade para afirmar se de fato isso é uma verdade absoluta, com certeza tenho outras coisas de que não gosto em mim, mas isso não é o objetivo deste relato, de fato, se penso em algo que me incomoda, e estou a pensar sobre isso desde que pensei em escrever esse relato autobiográfico, estou a me perguntar qual o recorte que farei, qual parte de minha vida fotografarei e descrevei como a um retrato, claro que isso acarreta num determinado recorte!!
Peço desculpas aos leitores, se não estou nesse momento tão disposta assim a falar de mim!! Mas acho que tudo tem seu momento, e de fato não estou num momento tão propício a isso!! enfim..
Vamos ao que interessa discutir nesse momento... minha ansiedade, vou então tentar encará-la de frente, assim como gosto de fazer tudo na vida...!
Na tentativa de ser mais didática, uma das manias que adquiri nessa minha vida de professora!! Fui buscar o significado, acadêmico ou formal do conceito de ansiedade, espero não ser chata, fazendo isso! Mas é um exercício necessário, pelo menos para mim!!
"A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha) (...) A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida; ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas consequências. Portanto a ansiedade é uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção (...) Os animais também experimentam ansiedade. Neles a ansiedade prepara para fuga ou para a luta, pois estes são os meios de se preservarem".
Não sei quanto a vocês mais depois dessas colocações estou um pouco mais aliviada, por um lado e um pouco preocupada por outro!rsrs
Acho que meu organismo me faz sentir ansiedade, numa tentativa, as vezes frustrada, de me ajudar, fazer com que eu seja mais racional e menos impulsiva! Essa minha vontade de experimentar, de não perder uma oportunidade, de amar, de ser amada, de querer e de ser querida...
(..bem por hoje acho que está bom.. pelo menos foi um começo, é que no momento meu desejo de preservação ainda está elevado..!!)
Salutations à vos amis....

Un peu de biographie...


Virginia Woolf, (25/01/1882, Londres (Inglaterra) - 28/03/1941, Rodmell (Inglaterra)

Nasceu em Londres, em 1882. Filha de um editor, Sir Leslie Stephen, ela recebeu uma educação esmerada, freqüentando desde cedo o mundo literário. Em 1912, casa-se com Leonard Woolf, com quem funda, em 1917, a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot. Fez parte do grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais sofisticados que, passada a I Guerra Mundial, investiria contra as tradições literárias, políticas e sociais da era vitoriana. As primeiras obras de Virginia Woolf foram The Voyage Out (1915) e Noite e Dia (1919). Em Mrs. Dalloway (1925), Virginia Woolf emprega recursos narrativos inovadores para retratar a experiência individual. O mesmo ocorre com Rumo ao Farol (1927). Em 1928, publica Orlando, fantasia histórica que evoca com brilho e humor a Inglaterra da era elizabetana. Nesse período, Woolf faz as famosas conferências para estudantes dos grandes colégios femininos de Cambridge, nas quais mostra sua verve feminista. Em 1931, publica As Ondas, uma de suas obras mais importantes. Seis anos mais tarde, lança Os Anos. Toda a vida de Virginia Woolf foi dedicada à literatura. Em 1941, vítima de grave depressão, ela se suicida, deixando considerável número de ensaios, extensa correspondência e o romance Entre os Atos (1941).
http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2005/jusp723/pag1011.htm

sexta-feira, 5 de junho de 2009

As Ondas...

"O sol ergueu-se mais. Ondas azuis, ondas verdes derramam um rápido leque sobre a praia, circundando as pontas dos cardos marinhos, depositando poças rasas de luz aqui e ali na areia. Atrás de sí, as ondas deixaram uma tênue orla negra. As rochas, antes nevoentas e macias, endureceram, vinculadas por fissuras rubras.
Nítidas faixas de sombra jazem na relva; o orvalho, dançando nas pontas das flores e das folhas, fazia o jardim parecer um mosaico de nódoas isoladas, ainda sem formar um conjunto. Os pássaros, com peitos pintalgados de amarelo-canário e rosa, cantavam agora juntos uma melodia ou duas, selvagens como patinadores deslizando de braços dados; de repente, porém, silenciavam e afastavam-se.
O sol pousava lâminas mais largas sobre a casa. A luz tocava em algo verde no canto da janela, tornando-o uma mancha esmeralda, uma gruta de puro verde como um fruto sem semente. Aguçava as quinas das cadeiras e mesas, e as toalhas de renda branca com finos fios de ouro. À medida que a luz aumentava, um botão abria-se aqui e ali, soltando flores de veias verdes, trêmulas como se o esforço de abrir as tivesse feito oscilar, desencadeando um suave carrilhão quando batiam as frágeis corolas contra as paredes brancas. Tudo ficava ductilmente amorfo, como se a porcelana do prato se diluísse e o aço da faca se liquefizesse. E, durante o tempo todo, a concussão das ondas quebrando-se soava em golpes abafados, como troncos de árvores caindo na praia".

O motivo de ter como mote deste blog a obra de Virgínia Woolf, se baseia de certa forma, também ao meu apreço pela arte de um modo geral, acho magnífico a forma como ela escreve, descreve, anuncia... de tal forma como se uma pintura tomasse forma de escrita, eu simplesmente adoro ler e formular imagens, criar, vivenciar, cores, dores e sabores.... e os convido para fazerem esse exercício comigo..... sejam todos bem vindos!!

Virginia Woolf (25 de janeiro de 1882, Londres, Inglaterra - 28 de março de 1941, Rio Ouse, Oeste de Sussex, Inglaterra); escritora inglesa.